quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Deus, sem teto
Escreveu um poema.
Uma caneta,
Um papel,
Um pouco de tinta,
Ele só tem isso.
Morador das ruas,
Menino inquieto
Abraça as palavras
Como o cobertor
Com o qual sonha.
E toma-as a si.
E o verbo faz gente.
A luz acende
No quarto escuro
Dos corações.

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