Tem choro que não se segura
Vem igual a água da chuva
Caindo do alto pra lavar a terra
Voltando ao alto molhando o céu.
Todos somos passarinhos construindo caminhos e ninhos. Transformando sempre o lugar onde estamos. Nunca estamos parados.
terça-feira, 29 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
Memórias de uma Lágrima
Pessoas que vestem dores
A água que quer lavar
Pode encontrar labirintos
Onde o chuva se perde
Antes de cair no mar.
Eu me visto de cisos
E deixo o rio andar
A minha vida está
Marcada para sempre
Pela saudade que sinto
De quem embora foi-se já.
Mas mesmo quem se vai
E esse é o motivo
Dessa minha canção
Deixa algo em nós
Que levamos para sempre
Nesse nosso caminhar.
A água que quer lavar
Pode encontrar labirintos
Onde o chuva se perde
Antes de cair no mar.
Eu me visto de cisos
E deixo o rio andar
A minha vida está
Marcada para sempre
Pela saudade que sinto
De quem embora foi-se já.
Mas mesmo quem se vai
E esse é o motivo
Dessa minha canção
Deixa algo em nós
Que levamos para sempre
Nesse nosso caminhar.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
O músico é como um talhador
Guardado em um porão
Esculpindo uma escultura.
Bate bastante no gesso endurecido
Buscando todos os dias amaciá-lo.
A matéria vai ganhando forma.
Ele pode passar meses
E até alguns anos, as vezes
Sozinho naquele quarto escuro
Perplexo com sua criação.
Até um dia em que a matéria bruta
Abre os olhos ao mundo e fala.
Guardado em um porão
Esculpindo uma escultura.
Bate bastante no gesso endurecido
Buscando todos os dias amaciá-lo.
A matéria vai ganhando forma.
Ele pode passar meses
E até alguns anos, as vezes
Sozinho naquele quarto escuro
Perplexo com sua criação.
Até um dia em que a matéria bruta
Abre os olhos ao mundo e fala.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Fé e União
E nos caminhos desse mar
Eu continuo indo sozinho.
Não faço inimigos
E os amigos
Os amigos são os poucos
Que são do meu merecido.
Nos vemos pelo caminho
Todos buscando
Apertar o tempo nas mãos.
Não sei onde vou chegar
Só sei que sigo.
Eu não paro
Eu nunca parei
Eu só não vou parar
De remar.
Nós nunca paramos.
Quem quiser
Botar força nessa jangada
Pra gente chegar mais rápido
Que reme junto comigo.
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Dizeres de uma placa no deserto
Carlos, quando a última folha foi arrancada
O homem se declarou o grande vencedor.
Mas vencedor contra quem, meu amigo?
Contra a natureza ou contra seus irmãos?
Ah Carlos querido, ela calou então, e ele também
Pois não houveram estatutos nem leis que alcançaram
A tudo aquilo que existia. Não há agora
Nem um punhado de terra boa onde se plantar
Ou um lar onde nasça uma florzinha
Nenhum inseto e nenhum passarinho cantador
Nem um pequeno fio de grama transeunte.
Aliás, não há nem ar para ser respirado
E o teto está escuro como uma eterna noite.
Os rios não mais choram a dor de secar
Pois não existem águas com as quais chorar.
Todas as curas e soluções estavam ali
Só nós que não olhamos sob os próprios pés
Apenas pisamos, devastamos e cortamos
Arrancando de nosso coração todo o verde.
Por essas vias refletirão os que por sorte vivem.
A mãe, severa vem observar o filho lamentar
Querendo engolir o dinheiro que sobrou
Mas essa grama não alimenta e não cura.
O homem se declarou o grande vencedor.
Mas vencedor contra quem, meu amigo?
Contra a natureza ou contra seus irmãos?
Ah Carlos querido, ela calou então, e ele também
Pois não houveram estatutos nem leis que alcançaram
A tudo aquilo que existia. Não há agora
Nem um punhado de terra boa onde se plantar
Ou um lar onde nasça uma florzinha
Nenhum inseto e nenhum passarinho cantador
Nem um pequeno fio de grama transeunte.
Aliás, não há nem ar para ser respirado
E o teto está escuro como uma eterna noite.
Os rios não mais choram a dor de secar
Pois não existem águas com as quais chorar.
Todas as curas e soluções estavam ali
Só nós que não olhamos sob os próprios pés
Apenas pisamos, devastamos e cortamos
Arrancando de nosso coração todo o verde.
Por essas vias refletirão os que por sorte vivem.
A mãe, severa vem observar o filho lamentar
Querendo engolir o dinheiro que sobrou
Mas essa grama não alimenta e não cura.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Eu ia pedir a você um punhado de amor
Mas esqueci que só deve se pedir algo
A quem tem dentro do coração pra dar.
Sentimento não é algo a que se implora.
Sentimento não é algo que se exporta.
Se há, naturalmente em nós habita
Sem precisar fazer ou dizer muito mais.
Mas dentro de todas essas palavras
Importante é se perguntar: eu tenho, coração?
Mas esqueci que só deve se pedir algo
A quem tem dentro do coração pra dar.
Sentimento não é algo a que se implora.
Sentimento não é algo que se exporta.
Se há, naturalmente em nós habita
Sem precisar fazer ou dizer muito mais.
Mas dentro de todas essas palavras
Importante é se perguntar: eu tenho, coração?
quarta-feira, 9 de abril de 2014
A eterna busca do amor(O Amor é Um Passarinho Cantador)
Há pelo planeta algo
Que eu não consigo entender.
Talvez seja o amor, esse verbo
E eu ainda não estou pronto
Para ouví-lo com clareza.
Então apenas desconfio
Na minha fé eterna de menino
Pois dizem que ele está por aí
Caminhando pelas esquinas
Dando voltas nos olhares
Subindo nas árvores mais altas
E nas mais baixas, também
Querendo encontrar um ninho
Onda possa, sempre
Nascer e cantar.
Acorda amor e canta.
Que eu não consigo entender.
Talvez seja o amor, esse verbo
E eu ainda não estou pronto
Para ouví-lo com clareza.
Então apenas desconfio
Na minha fé eterna de menino
Pois dizem que ele está por aí
Caminhando pelas esquinas
Dando voltas nos olhares
Subindo nas árvores mais altas
E nas mais baixas, também
Querendo encontrar um ninho
Onda possa, sempre
Nascer e cantar.
Acorda amor e canta.
terça-feira, 8 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Ah nessa vida.
Nessa vida
Somos empurrados.
Empurrados a ver
Aquelas horríveis
Propagandas.
Obrigados a apertar
Os botões coloridos
Que nos levam
A lugar nenhum
(Só as propagandas).
Somos empurrados
Para nos vestir
Apressadamente.
Somos empurrados
Até a viver paixões
Que não são nossas.
Paixões por carros
E outros objetos,
Por exemplo.
Mas o amor,
O amor não empurra.
Ele nos respira
Tranquilamente
Como algo
Que em nós acorda
Todos os dias.
Nessa vida
Somos empurrados.
Empurrados a ver
Aquelas horríveis
Propagandas.
Obrigados a apertar
Os botões coloridos
Que nos levam
A lugar nenhum
(Só as propagandas).
Somos empurrados
Para nos vestir
Apressadamente.
Somos empurrados
Até a viver paixões
Que não são nossas.
Paixões por carros
E outros objetos,
Por exemplo.
Mas o amor,
O amor não empurra.
Ele nos respira
Tranquilamente
Como algo
Que em nós acorda
Todos os dias.
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